Editora: Objetiva
Ano: 1999
Páginas: 261
Sinopse: A luta
assustadora entre dois mundos.
Um menino e o desejo assassino de poderosas forças
malignas.
Uma família refém do mal.
Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte.
Danny Torrance não é um menino comum. É capaz de ouvir
pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou
uma bênção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do hotel
Overlook.
Em O
iluminado, quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador no
velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais
o desemprego e as noites de bebedeiras. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy.
Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny livrar-se das convulsões que
assustam a família.
Só que o Overlook não é um hotel comum. O tempo esqueceu-se
de enterrar velhos ódios e de cicatrizar antigas feridas, e espíritos malignos
ainda residem nos corredores. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e
desejo de vingança. É uma sentença de morte. E somente os poderes de Danny
podem fazer frente à disseminação do mal.
Jack Torrance é um abstêmio em recuperação. Depois
de perder o emprego no colégio onde lecionava, ele consegue uma vaga de zelador
no grandioso e histórico Hotel Overlook. E, então, parece que todos os seus
problemas estão resolvidos. Haverá tranquilidade para a esposa, Wendy, que, a todo
o momento, temia uma recaída do marido; para o filho, Danny, para acalentar os
transes e convulsões que assustavam a família sempre que o acometiam; e
tranquilidade para Jack — longe das garrafas de gim e uísque.
Danny é uma criança especial. Ele consegue ler
pensamentos, além de poder se transitar entre o futuro e passado. Tem um amigo
imaginário, Tony — talvez, inconscientemente, seu próprio eu, e Tony, que só
aparece após um transe (ou convulsão), sempre mostra para Danny visões do
passado, do futuro, coisas boas ou ruins.
O Overlook é um famoso hotel, falido inúmeras vezes,
reerguido por inúmeros e diferentes investidores. Mas não é um hotel comum. Às
vésperas de encerrar mais uma temporada, pois depois que a neve do inverno
rigoroso do Colorado caísse sobre o hotel ninguém mais, além de Deus, poderia
subir ou descer as montanhas rochosas circundando-o, o gerente atual, o senhor
Stuart Ullman, contrata um novo zelador para cuidar de seu amado hotel, já que
o último contratado perdera a lucidez por causa do confinamento, matara a esposa
e as filhas, matando-se em seguida. O
novo zelador é Jack Torrance.
Então acontecimentos sinistros no hotel — a
princípio, muito sutis — começam a acontecer. Danny é o mais sensitivo entre
eles, e logo entende que o Hotel Overlook quer fazer mal a ele e a sua família.
O intermediário para isso?
Seu pai.
Sutilmente, Jack vai sendo atormentado e influenciado
pelo hotel, para cumprir seu propósito maior.
Enquanto isso, cercados pela neve e incapazes de fugir, Wendy e Danny, e Jack também,
precisam lutar contra as forças malignas do Hotel.
Considerações
pessoais.
Em O
Iluminado, Stephen King traz uma narrativa bem instigante, apesar de
extensa. A história se alonga bastante antes realmente do clímax, da coisa toda acontecer de verdade, o que me
cansou um pouco durante a leitura, devo admitir, me levando a demorar mais que
o costume para finalizar a história. Apesar disso, o desenrolar da trama é
interessante e detalhada — algo que gosto muito, detalhes —, e também colabora
para o suspense, tão magistralmente dominado por King. Você fica na expectativa
de acontecer alguma coisa, mas essa coisa só acontece mesmo num momento em que
você já está demasiadamente ansioso para que aconteça. E quando acontece… Você
se sente dentro livro, você olha para o lado, imaginando se alguém ou alguma
coisa está ali, com você, te espiando por cima do ombro e lendo com você.
E conforme o desenrolar da trama, há a necessidade
de avançar, de devorar as páginas. Apesar das extensões do autor, a história te
cativa, te instiga e, na maioria das vezes, te apavora.
O final me decepcionou um pouco, fora tão intenso
como o clímax, angustiante realmente, mas senti falta de um final mais
elaborado e satisfatório. Talvez porque eu goste mais de finais com desfechos
completos. King deixa todas as perguntas no ar. Quem e por quê. E, preciso admitir, apesar da minha decepção com o
fim, o desfecho é genial. O desfecho te fará lembrar do livro por um bom tempo,
se perguntando o porquê daquilo tudo.
Não é à toa que Stephen King é um dos mais notáveis
escritores do gênero.
Fica então, a super dica de leitura.
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