Ano: 2012
Páginas: 336 p.
Editora: LEYA
A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de
16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales,
onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças
Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados,
fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que
simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na
ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível
que possa parecer - ainda podem estar vivas.
Resenha:
À primeira vista, por conta da capa e da contracapa, quando me deparei
com O Orfanato da srta. Peregrine para
Crianças Peculiares, por algum motivo acreditei que fosse um livro de
gênero terror/suspense.
Mas, com o avançar das páginas, o livro se mostrou completamente diferente
do que eu tinha imaginado — e o que me surpreende é que a história conseguiu
ser tão boa (se não melhor) do que se fosse alguma coisa no estilo que pensei,
e que por esse motivo comprei o livro.
Bem, tudo começa quando o avô de Jacob Portman — um jovem de dezesseis
anos — morre. A narração em primeira pessoa, logo no prólogo, deixa-nos saber
que Abraham Portman era um polonês que adorava contar ao neto Jake histórias
fantásticas, de crianças incríveis e peculiares com quem conviveu durante
alguns anos em um orfanato para onde fora enviado. Todas as suas fantásticas
narrativas, que alguns anos depois Jake se convenceu de que não passavam de historinhas
típicas de avôs, se revelam para o nosso protagonista como sendo terrivelmente
verdadeiras. Com a morte de seu avô, Jacob decide embarcar em uma viagem até a
ilha onde ficava o tal orfanato, no País de Gales, em busca de respostas para
os segredos e enigmas de Abraham, que tentou lhe contar em seu último suspiro.
Chegando lá, qual não é sua surpresa ao descobrir que o orfanato estava destruído.
Fora bombardeado em três de setembro de mil novecentos e quarenta, e todos os
moradores morreram no atentado. O fato o deixa confuso, já que, em meios aos
pertences do avô, Jake encontrara uma carta de Alma Peregrine, a diretora do
orfanato, datada apenas de quinze anos antes.
No entanto, Jake não desiste. Decide vasculhar as ruínas do orfanato, em
busca de, quem sabe, alguma pista que revele o que seu avô queria ter lhe contado.
E é nesse ponto que Jacob descobre que as crianças não estão mortas, como ele
pensara — e como era propagado por todos os outros moradores. De certa forma não estão mortas.
Vivendo em uma fenda do tempo,
as crianças peculiares estão vivas e salvas — e, apesar de tantos anos,
conservam a aparência juvenil —, morando no orfanato e revivendo, todos os
dias, o dia três de setembro de mil novecentos e quarenta.
Curioso, Jake decide visitar a fenda durante o tempo de sua estadia na
ilha todos os dias, a fim de descobrir mais de seu avô — e para sua surpresa,
Jacob descobre mais sobre si mesmo, embarcando numa aventura fantástica e quase
inimaginável.
Considerações pessoais:
Com uma narrativa cativante, divertida e instigante, Ransom Riggs nos
faz avançar a cada página quase sem perceber. Apesar dos capítulos extremamente
grandes — o livro tem apenas onze capítulos —, o que a meu ver atrapalha a
fluência da leitura, o autor consegue te prender e atiçar sua vontade e
curiosidade na leitura. Todo o cenário da narrativa, a construção dos personagens,
os seres e a explicação dos eventos que recaem sobre a ilha são muito bem
elaborados e lógicos, satisfatórios.
A irreverência do livro está, com certeza, nas imagens. Os retratos nas
páginas, conforme o avançar da história, ajuda na imaginação do leitor e dá um
toque surpreendente da realidade. O mais impressionante é que as imagens são
reais e pertencem a colecionadores, conforme citado no fim do livro.
A história continua com o livro II — Cidade dos Etéreos —, o qual já
estou ansiosa para adquirir e prosseguir com a leitura.
Considerado um dos cem livros mais importantes da literatura de todos os
tempos, esse livro é muito mais do que recomendado. É leitura obrigatória.
1 Comentários
Olá!!!
ResponderExcluirPensava, até ler a sua resenha, que se tratava de um livro de suspense ou terror (a mesma ideia que a sua rsrs).
Contudo, gostei de saber que não faz parte desses gêneros, pois sou meio medrosa (rsrs), apesar de querer ler algo de terror futuramente!
A premissa da história é bem interessante. Essa questão dos capítulos, penso que também não vou gostar, mas a gente releva, se a história é boa;-)
PS: Marquei o Sessão em uma TAG bem legal que respondi lá no meu blog. Se gostar, esteja livre para responder.
Abraço!
http://bloghistoriasliterarias.blogspot.com.br